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segunda-feira, abril 09, 2007

Nova forma de conceber o conhecimento

A geração digital, como já é chamada por alguns autores como Tapscott, já possuem identidade própria. Sua experiência com as tecnologias está rompendo barreiras do tempo e do espaço tornando a comunicação um processo cada vez mais acelerado. As crianças da geração digital já substituiram, em grande parte as brincadeiras de roda, o jogo de picula, a amarelinha dentre outras brincadeiras pelos jogos eletrônicos. O famoso jogo da memória e o quebra cabeça agora são jogados no computador e sem necessitar interferir na distribuição dos móveis do ambiente.
A comunicação também foi alterada, o que antes era por telefone, hoje é feita por e-mail ou por mensageiros instantâneos e até por comunidades virtuais. Essa nova geração amplicou o modo de comunicação e também sua rede de amigos. Muito facilmente, em comunidades virtuais, salas de bate-papo e mensageiros intantâneos, encontramos jovens conversando com pessoas de outras regiões do país, trocando experiências que muitas vezes acrescentam seus interesses culturais.
Nesse caso podemos perceber facilmente a mudança na forma de construir o conhecimento com a chegada da geração digital. O novo estudante não espera mais o conhecimento em sala de aula, vai buscá-lo na Internet com muito mais interações, cores e movimento. Paulo Freire já dizia que chegará um tempo em que as escolas não terão mais paredes e acredito que esse tempo já chegou imposto pela geração digital.
Segundo Tapscott a Internet possibilita as pessoas assumirem um papel ativo na comunicação. Conectados na rede, pessoas comunicam-se em tempo real procurando informações ou simplesmente navegando em "mares" desconhecidos a procura de lazer. Temos a tendência de nos tornarmos defensivos diante de situações desconhecidas, o que não ocorre com a geração digital, pois as tecnologias já fazem parte de suas vidas. É importante verificarmos o distanciamento de conhecimento das tecnologias entre adultos e crianças para que as novas gerações tenham mais liberdade de uso.
Além grandes possibilidades de informações e uma teia de conhecimentos as formas de comunicação no ciberespaço agregou também uma linguagem própria, facilmente compreendida pela geração digital. Essa linguagem está carregada de símbolos, cores, movimento, gírias e cultura própria.
A cultura do ciberespaço obedece códigos e regras. Os frequentadores de salas de bate-papo, por exemplo possuem o direito, ainda que subliminar, de ficar calado, de responder a quais e quantas perguntas considere necessário; pode assumir apelidos diferentes em diferentes momentos, assim como assumir personalidades que considerarem conveniente. Acredita-se que assumindo tais elementos psicológicos o indivíduo se aproxima mais do seu Eu verdadeiro.
Percebemos que muitas informações que são transmitidas em conversas informais nas salas de bate-papo podem ter conceitos incorretos. Sendo o usuário criança, é importante a orientação de um adulto para validar o conhecimento adquirido. Neste caso a confiança torna-se um essencial nesse processo que aquisição de conhecimento.
Tapscott aborda em seu livro que é impossível saber até que ponto as experiências nas salas de bate-papo podem afetar o desenvolvimento da geração digital. O que foi constatado é que essa geração apresentam-se tolerante em algumas áreas como por exemplo, questões raciais e defeitos físicos. Mesmo porque na Internet o que é considerado mais importante é o conteúdo da conversa e não a aparência do seu interlocutor.
Diante do que foi exposto, fica difícil compreender o processo de aprendizagem longe das tecnologias de comunicação pois esta já faz parte da vida da geração digital.
Camila Barreto

Um comentário:

Anônimo disse...
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